quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

SOCIEDADE JÁ SE MOBILIZA CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Com recado #SeVotarNãoVolta para os deputados federais, sociedade já se mobiliza contra Reforma da Previdência
Em ano eleitoral, deputados federais mais votados em Lavras terão que votar a Reforma da Previdência

As mobilizações das centrais sindicais, entidades e sociedade civil contra o fim da aposentadoria começou cedo, ontem, quarta-feira, 13, dia de mobilização em todo o Brasil contra a aprovação da nova proposta de reforma da Previdência do governo Michel Temer (PMDB).

O governo negociava com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para colocar a reforma na pauta de votação na próxima semana antes do recesso parlamentar, apesar de não ter conseguido o número de votos necessários para aprovar a reforma. 

“A pressão deles é grande. E a nossa será maior ainda”, diz o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, que participou ontem, cedo, de ato dos metalúrgicos da Volkswagen, na via Anchieta, em São Paulo.

Para ser aprovada, a matéria precisa de pelo menos 308 votos dos deputados federais, em dois turnos. Diante das grandes dificuldades para o obter o número de votos necessários, já no final da tarde de ontem, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou em nota que foi firmado um acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado para que a votação da reforma da Previdência ocorra somente em fevereiro de 2018, após o fim do recesso parlamentar.

Inicialmente, a ideia do presidente da Câmara era marcar para hoje, quinta-feira, 14, a data de início da apreciação da reforma da Previdência pelo plenário da Casa. 

Já o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), já havia afirmado que a matéria só entraria na pauta da Casa no ano que vem.

No início da noite de ontem, após a repercussão da nota de Romero Jucá, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que não houve decisão do governo em votar a reforma da Previdência somente em fevereiro de 2018.

Segundo o ministro, o anúncio do senador Romero Jucá (PMDB-RR), de que os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado acordaram em votar a reforma no início do próximo ano, é uma “opinião”.

“O senador Romero Jucá, inclusive acabei de falar com ele, expressou a sua opinião de que ele acha isso uma solução viável e possível que ocorra. Evidentemente que isso não é uma decisão ainda. Continuamos trabalhando e temos como objetivo votar o mais rápido possível. Se possível ainda, de fato, na semana que vem”, disse no início da noite após fazer uma palestra em um evento na capital paulista, segundo informou a Agência Brasil.

Mobilizações 
Ontem, por volta das 6h, em São Bernardo do Campo, cinco mil trabalhadores e trabalhadoras da Volkswagen pararam as duas vias locais da Rodovia Anchieta, sentido litoral, e aprovaram, por unanimidade, realizar greve caso a proposta contra o fim da aposentadoria seja colocada em votação. 

Na capital paulista, às 11h, os trabalhadores se concentraram em frente ao prédio do INSS, no viaduto Santa Ifigênia, centro da capital, para dialogar com a população e alertar sobre as consequências da nova proposta de reforma.

Em Santa Catarina, o dia de ontem, também começou cedo. Os trabalhadores se concentraram no calçadão da Felipe Schmidt, às 7h30, em frente à agência do INSS, em Florianópolis.

#SeVotarNãoVolta
Na capital de Minas Gerais, em Belo Horizonte, as ruas foram tomadas por outdoorrs com o recado #SeVotarNãoVolta, destinado aos deputados que pretendem votar a favor da reforma da Previdência.

Em Lavras, no Sul de Minas, um outdoor também já afixado na rua Dr. Backer, no centro da cidade. A peça traz o recado aos deputados federais mais votados na cidade.

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