terça-feira, 23 de maio de 2017

GOVERNADOR FERNANDO PIMENTEL AFIRMA SER PRECISO LUTAR PARA MANTER A CEMIG

Representando o governador de Minas Gerais, na solenidade de comemoração dos 65 anos da estatal, presidente do Conselho de Administração da companhia destacou a solidez da empresa

O governador Fernando Pimentel enviou nesta segunda-feira, 22, uma mensagem aos funcionários e dirigentes da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em função do aniversário de 65 anos da companhia. 

Ele afirmou ser a empresa motivo de orgulho para os mineiros e lembrou que a Cemig já passou por muitos desafios e, no atual momento, precisa adotar como prioridade a sua identidade com o Estado.

“Nascida de um ideal de Juscelino Kubitschek, a Cemig enfrentou diversos obstáculos, uns maiores do que os outros, e já esteve à beira da privatização. Foi preciso que outro homem de coragem, o ex-presidente Itamar Franco, impedisse o desatino e lá se vão 18 anos. Não se iludam. A luta não é entre nós, governo, e empregados da Cemig, governo e sindicalistas. Os compromissos que assumimos estão sendo cumpridos, talvez não no tempo que gostaríamos, mas a maior urgência que temos é de preservar a Cemig em Minas Gerais como patrimônio dos mineiros e das mineiras. A Cemig está, mais uma vez, sob forte ameaça. Se essa não for a prioridade maior da agenda do governo, empregados, sindicatos e empresa, os verdadeiros adversários da Cemig vencerão. O desafio é imenso”, disse Fernando Pimentel em mensagem lida durante a cerimônia pelo secretário de Fazenda, José Afonso Bicalho, também presidente do Conselho de Administração da Cemig.

O governador apontou ainda como desafios da empresa reduzir o endividamento e manter os investimentos e empregos “em meio a mais grave crise econômica, política e institucional pela qual o Brasil já passou”.

“Temos de reduzir o endividamento, manter os investimentos de R$ 1 bilhão para levar luz a 200 mil pessoas que ainda não contam com o serviço e manter os serviços das usinas de São Simão, Jaguara e Miranda. Há poucos dias, vocês viram as ações da empresa caírem 42%. É preciso direcionar a nossa energia para o que nos dará horizonte, para o que irá garantir o futuro da empresa em vez de vivermos no presente eterno, acumulando perdas que terminarão por colocar fim ao sonho de JK”, ressaltou.

As usinas de Jaguara, São Simão e Miranda foram atingidas pela Medida Provisória 579, de 2012, que estabeleceu um novo regime jurídico para as prorrogações de concessões do setor elétrico. Para a Cemig, os contratos têm cláusulas que garantem a renovação automática das concessões por 20 anos.

Pimentel também exaltou a qualidade técnica e de pessoal da empresa. “Temos capacidade técnica e recursos humanos qualificados como nenhuma outra empresa de energia do País. Temos a expertise onde os outros deixam a dever e, acima de tudo, temos compromissos com o trabalho, e é por isso que tenho esperança que esse grave momento ficará para trás. Eu acredito em vocês e acredito que o orgulho que temos da Cemig nos moverá na direção correta. Vamos vencer esse desafio e, assim como aquele momento de 1999 ficou para trás, esses anos de dificuldade também passarão, que venham outros 65 anos, com energia renovada para continuarmos”, finalizou o governador. 

Solidez
O secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho, destacou a importância da comemoração dos 65 anos da empresa em um mercado em que 60% das empresas fecham antes de completar cinco anos de vida. 

“Creio que significa muita coisa, competência, seriedade, foco no negócio e muita responsabilidade em função dessa taxa de mortalidade das empresas”, afirmou.

José Afonso Bicalho falou sobre como a Cemig tem traçado uma história no mercado e afirmou que, com o apoio incondicional dos funcionários irá percorrer os próximos 65 anos. 

“De Centrais Elétricas Minas Gerais passou a comandar um conglomerado de quase 200 empresas nas áreas de energia, hidrelétrica, térmica, eólica, solar, transmissão, distribuição, telecomunicações, gás, informática e etc”, disse o secretário, que participou do descerramento da placa comemorativa dos 65 anos da empresa. 

Durante a solenidade, também foi apresentada a sala do Centro de Operação do Sistema, no prédio novo.


O diretor-presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga, destacou as conquistas da empresa ao longo da sua história, na comercialização de energia e na projeção internacional, atingindo a marca de 8 milhões de clientes. 

“Nesses 65 anos, quantas vidas não foram transformadas direta e indiretamente pela existência da Cemig. É difícil, para não dizer impossível, imaginar o Estado de Minas Gerais sem a Cemig”, disse. “Ano a ano fomos nos transformando na maior distribuidora de energia da América Latina e em extensão de rede, e construímos uma invejável projeção internacional, atraindo investidores de mais de 40 países nas bolsas de Nova York e Madri. Destaca-se aí a nossa participação no índice Dow Jones de Sustentabilidade ”, acrescentou.

Sobre o futuro da Cemig, o presidente destacou ser necessário manter a defesa da concessão das usinas de Jaguara, São Simão e Miranda. 

“Nem a porta aberta à negociação como proposta do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) quis o governo federal transpor. Guiados pela ética e pelos ideais de justiça e de bem servir ao povo mineiro combateremos em todas as arenas e em todas as esferas, como de fato já temos feito”, ressaltou Bernardo Alvarenga. “Continuaremos abertos ao diálogo, mas firmes àquilo que as leis do direito e o contrato de concessão nos assegura. Essa é uma luta real, indispensável, é a luta pela vida dessa empresa”, completou.

Participaram os secretários de Estado de Casa Civil e Relações Institucionais, Marco Antônio Rezende, Planejamento e Gestão, Helvécio Magalhães, Desenvolvimento Agrário, Professor Neivaldo, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Jairo Isaac, de Cultura, Angelo Oswaldo, e de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Epaminondas Pires de Miranda. Ao lado dos diretores da Cemig e funcionários, também estiveram presentes a secretária-geral adjunta, Alcione Comonian, o secretário adjunto de Segurança Pública, Aílton Lacerda, o diretor-presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco, o diretor-presidente BDMG, Marco Aurélio Crocco, o advogado-geral do Estado, Onofre Alves Batista, a defensora pública do Estado, Christiane Malard, o vice-presidente da Copasa, Júnior Miranda, o presidente da MGS, Carlos Vanderlei e o chefe da Polícia Civil, João Octacílio Silva Neto.

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