SUSTENTABILIDADE: COMARCA DE VARGINHA ADERE À CAMPANHA PAPELARIA SOLIDÁRIA

Iniciativa do Núcleo Socioambiental do TJMG, campanha estimula consumo racional de produtos de papelaria

Anilton Ramos, administrador do fórum de Varginha, selecionou materiais para serem direcionados a outras comarcas

Uma fábula narra o dia em que aconteceu um grande incêndio em uma floresta, tendo todos os bichos sido convocados para combatê-lo. Mas apenas um delicado beija-flor atendeu ao chamado. Ao ver a mata em chamas, ele começou a molhar as asas em um rio para, em seguida, sacudi-las sobre o fogo, tentando apagá-lo. 

“Sua missão é impossível, sua ajuda é insignificante”, foi o que ouviu dos outros animais. “Estou fazendo a minha parte”, respondeu a ave. Tocados pelo exemplo do passarinho, os bichos da floresta, um a um, se mobilizaram, e em pouco tempo o fogo se extinguiu.

É com essa mesma filosofia, apostando na crença de que os pequenos gestos podem desencadear grandes mudanças, que o Núcleo Socioambiental do TJMG, presidido pela desembargadora Mônica Libânio, idealizou a campanha Papelaria Solidária, desenvolvida pela Assessoria de Comunicação Institucional (Ascom). 

A campanha visa a estimular o consumo racional de produtos de papelaria, o que envolve o compartilhamento de materiais e a devolução ao almoxarifado de produtos não utilizados ou com defeito.

A Comarca de Varginha é uma das que aderiu ao chamado do Núcleo Socioambiental. O administrador do foro da comarca, Anilton Bastos Ramos, explica que o Processo Judicial eletrônico (PJe) foi instalado nas três Varas Cíveis, na Vara da Fazenda Pública e na Vara de Família e Sucessões da comarca. 

“Com isso, havia aqui muitas capas de processo que ficaram inutilizadas. Mobilizamos todos os setores para que coletassem esse material sem uso e também outros que eventualmente não são mais úteis, como alguns formulários, ou que apresentavam defeitos – como grampeadores, furadores e aparelhos de telefone”, explicou.

Na avaliação do servidor, a campanha pode ajudar no estímulo à cultura do não desperdício. “São dezenas e dezenas de comarcas em Minas; se cada uma conseguir criar o hábito de separar materiais em desuso, fazendo a sua parte, no final das contas a economia de recursos será grande”, avalia. Agora, o material será encaminhado para os responsáveis pela campanha, para que possam ser reutilizados por outras comarcas.

Papelaria Solidária em Uberlândia

Com a Papelaria Solidária, iniciada em novembro do ano passado, o TJMG pode redistribuir os materiais excedentes para outras comarcas e devolver os defeituosos aos fornecedores, contribuindo assim para a sustentabilidade e para o melhor uso dos recursos públicos. 

Desde que a campanha se iniciou, a Coordenação de Controle de Material de Consumo (Comat) tem recebido vários materiais: capas de processos, grampeadores, réguas, pastas, caixas para arquivo, envelopes, livros de carga, canetas, formulários contínuos, etiquetas, entre outros materiais de papelaria, que estão sendo encaminhados para outras comarcas.

Entre as que aderiram à campanha Papelaria Solidária está também Uberlândia, na qual o juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, diretor do foro, editou quatro portarias voltadas para a utilização otimizada e ecológica de vários recursos no fórum. 

Três das normas versam sobre o consumo e a destinação de cadeiras, grampeadores, perfuradores e tesouras, em caso de descarte e substituição, e sobre o funcionamento do ar-condicionado. Uma quarta norma designa uma comissão para revisão de materiais estocados.

“Desde que assumi a Direção do Foro da comarca, tenho procurado alinhar as ações conforme meus antecessores, principalmente no tocante à sustentabilidade ambiental e à economia de gastos para o TJMG, visando à qualidade nas aquisições de material por parte dos setores responsáveis. Acredito que são ações que, além de baratear os custos em material de consumo, criam também uma consciência mais institucional entre os juízes e servidores da comarca”, ressalta o magistrado.

Outra iniciativa na Comarca de Uberlândia para economizar recursos naturais e romper com a cultura do desperdício foi a reforma de mais de 30 cadeiras que não eram mais usadas por falta de parafusos ou peças de reposição. 

Os móveis foram recuperados com material existente na própria administração do fórum, assim o custo da renovação se restringiu à mão de obra dos servidores do setor de manutenção. A próxima iniciativa nesse sentido será a recuperação das poltronas do Salão do Júri.

Faça a sua parte

Todos os setores, em cada comarca, podem fazer a sua parte, verificando e devolvendo materiais que estão sem utilidade. 

Além de contribuir para a sustentabilidade e para o melhor uso dos recursos públicos, a medida ajudará o TJMG na manutenção do controle de qualidade de seus materiais de consumo, pois aqueles que estiverem com defeito serão devolvidos aos fornecedores.

Dúvidas, sugestões e solicitações podem ser encaminhadas para o e-mail papelariasolidaria@tjmg.jus.br.

da assessoria