segunda-feira, 6 de março de 2017

PRÓTESES EM 3D SÃO APOSTA DE STARTUP

Além das impressoras, a 3DLopes vai oferecer material para produção das próteses e treinamento para os clientes


Por Paula Isis/SIMIBelo Horizonte
A pequena Malu testa a prótese fabricada pela 3DLopes
Foto: Reprodução/Facebook

Duas crianças, com histórias de vida em comum, marcaram a vida e a carreira do diretor executivo, Daniel Lopes, e do diretor comercial, Jonatas Hernandes, da 3DLopes. 

 Malu, uma garotinha que não tinha o antebraço, cruzou o caminho dos jovens empreendedores em um supermercado. Sensibilizados com algumas limitações de Malu, os dois começaram a trabalhar na impressão de uma prótese em 3D, que compreendia desde o antebraço até os dedos das mãos.

Em seguida, foi a vez de conhecerem a história do pequeno Matheus, um garoto de Manhuaçu, que não tinha três dedos da mão esquerda. Em apenas dois meses, o pequeno pode realizar o sonho de ser goleiro ao utilizar uma prótese desenvolvida pela empresa, que está incubada no laboratório aberto do Senai.

Após os casos de sucesso, a empresa decidiu expandir seus negócios e se especializar na produção de impressoras 3D para a confecção de próteses. E esse novo modelo de negócio foi o que motivou os jovens a participarem da 9ª edição do Open Innovation Week – evento que conecta startups a grandes empresas e investidores, que aconteceu no fim de fevereiro, em São Paulo.
Jonatas Hernandes e Daniel Lopes apresentaram o modelo de negócio da 3DLopes durante o OIWeek2017
Foto: Paula Isis/SIMI

Em entrevista ao SIMI, Daniel e Jonatas contaram que a ideia é produzir impressoras para cada tipo de prótese (membros superiores e inferiores) e vendê-las para todo o país, mas com um diferencial: todo o material para a produção será fornecido pela startup, além do treinamento para a confecção das próteses. 

 “Essa pessoa, uma vez treinada, consegue imprimir essa prótese”, explica o diretor comercial. Indagados sobre a necessidade de a pessoa ter alguma expertise em engenharia ou áreas afins, Daniel afirmou que qualquer pessoa pode desenvolver a prótese.

De acordo com a startup, o público-alvo são hospitais e centros de reabilitação. Questionados sobre o valor dessas impressoras, Daniel e Jonatas explicaram que como se trata de um item sob demanda, ele não tem um valor especifico. 

“A gente fecha um contrato de serviço, não é só o custo da máquina. Tem o nosso suporte, treinamento e material”, enfatiza o diretor comercial, Jonatas.

Além disso, de acordo com Daniel, a ideia é confeccionar máquinas específicas só para impressão de pernas ou braços, por exemplo. Mas ele acrescenta que uma máquina pode fazer diversas próteses, “só que o custo de uma impressora para prótese de mão é menor, então isso vai de cada cliente”.

Scanner 3D permitirá a confecção de próteses à distância
Outro negócio que motivou a participação da 3DLopes no OIWeek2017 é a produção de um scanner 3D, que funcionará a partir de um app. 

Segundo o CEO, ele vai possibilitar que uma pessoa à distância gere dados pessoais para a produção de membro em 3D. “A partir desse modelo, teremos uma facilidade maior em desenvolver a prótese de uma forma bem customizada, personalizada”, explica.

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