quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

TRAGÉDIA E ABANDONO

Completando 1 mês da tragédia que vitimou uma adolescente, ponte que divide os bairros Tipuana I e II continua sofrendo com o descaso da Prefeitura de Lavras
Na manhã seguinte à tragédia, equipe do prefeito José Cherem esteve no local, interditou a ponte e depois sumiu. Em meio ao abandono e sob risco. veículos voltam a circular no local 

Neste final de semana completa-se um mês da morte da adolescente Laís Vitória da Silva Francisco, de 14 anos. Ela estava em um carro junto com a mãe, a tia e um amigo da família, que era o motorista e tentava atravessar uma ponte que é a única ligação entre os bairros Tipuana I e II, em Lavras, no Sul de Minas, quando o ribeirão transbordou e levou o veículo.

A ponte já estaria submersa devido ao volume de chuva que atingiu a cidade no final da noite do dia 8 de janeiro, um domingo. O condutor do veículo não conseguiu avançar contra a corrente e os ocupantes tiveram que abandonar o carro e foram localizados agarrados a galhos no meio do ribeirão e resgatados. 

Mas, Laís, acabou presa dentro do veículo. Segundo o Corpo de Bombeiros de Lavras, a chuva durou cerca de 2h e o corpo de Laís Vitória só foi encontrado dentro do carro por volta das 4h do dia 9 de janeiro. O veículo estava a cerca de 100 metros do local onde o automóvel caiu com os ocupantes. 

A situação da ponte que liga os bairros Tipuana I e II já era alvo de reclamações dos moradores dos dois bairros muito antes da tragédia que custou a vida da adolescente Laís. 

Na manhã do dia 9 de janeiro, devido a forte comoção com a morte da adolescente e a grande repercussão do caso na mídia, rapidamente uma equipe do prefeito José Cherem (PSD) esteve no local.

Os funcionários, com a presença do secretário municipal de Obras e Defesa Civil, Talles Silva Monteiro, fizeram a limpeza da encosta do ribeirão e interditaram a ponte, que é a única ligação entre os dois bairros. Agora, completando um mês da tragédia, os moradores dos bairros Tipuana I e II convivem com o mesmo descaso do poder público municipal.

Só que agora, não bastasse ter de conviver com a situação precária da travessia, a prefeitura municipal apenas interditou o local e nunca mais apareceu. 

Sem outra opção de travessia que liga os dois bairros e mesmo interditada, ponte volta a ser utilizada inclusive por veículos
Quando da interdição, a ponte ficou acessível apenas para pedestres e motocicletas, mas com o passar do tempo e ausência de uma solução para o problema, os artefatos que impediam a travessia de veículos foram sendo retirados aos poucos e hoje, em meio a precariedade e ao perigo, os motoristas voltam gradativamente a circular pelo local.

Mato volta a encobrir encosta do ribeirão e abandonada, em pleno pleno perímetro urbano, ponte se assemelha a passagem de estradas rurais
A ponte, hoje, se assemelha a uma passagem de estrada de Zona Rural e o mato, principalmente devido ao período de chuvas, voltou a crescer e já encobre novamente a encosta do ribeirão.

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