segunda-feira, 24 de outubro de 2016

SEMANA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO MOVIMENTOU O CAMPUS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS


No ano passado, o mercado de tecnologia da informação (TI) cresceu mais que a média mundial. Os investimentos em hardwares, softwares e serviços no Brasil tiveram um crescimento de 9,2% em 2015 sobre o ano anterior. Já o indicador mundial foi de 5,6% naquele ano, segundo estudo da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) e da IDC.

Mesmo em um momento de forte recessão econômica no País, o mercado de TI deve manter a trajetória em 2016, com uma expectativa um pouco menor, mas otimista. A expectativa para 2016 é de um crescimento de 3,0% no Brasil ante média global de 2,4%.

O Brasil, segundo a Abes, se destaca como o primeiro em investimento no setor de TI na América Latina, respondendo por uma fatia de 45% da região, ou US$ 59,9 bilhões. 

Em seguida, vêm México, com 20% dos investimentos, e Colômbia, com 8%. Ao todo, a região latino-americana soma US$ 133 bilhões.

Atrelado também a este otimismo, está o ecossistema de startups no Brasil, que está em expansão. Mas para garantir a prosperidade deste setor e aumentar sua participação no bolo da economia nacional, especialistas consideram que o país precisa melhorar a educação empreendedora e que o ecossistema brasileiro de startups avançou bastante desde 2010. 

Apesar do capital disponibilizado para as startups seguir uma linha de aumento significativo, os investidos brasileiros ainda são avessos ao risco.

E a educação tem papel importante na arrancada da cultura empreendedora. Na Universidade Federal de Lavras (UFLA), estudantes e professores e passaram uma semana promovendo diversos eventos, com debates, vivências, palestras e cursos abrangendo as múltiplas oportunidades que podem ser alcançadas no mercado de TI.

Em sua terceira edição, a Semana de Tecnologia da Informação (SETI) movimentou o campus da universidade. O evento teve início na última segunda-feira, 17 e foi até ontem, domingo, 23, no Departamento de Ciência da Computação (DCC).

Ex-aluno da UFLA, Vicente de Luca relata suas vivências que envolve paixão pela TI, perspectivas e sucesso profissional
"Do DCC-UFLA ao Vale do Silício - trajetoria de um ex-canelada". Com este tema, Vicente de Luca, ex-aluno da universidade transmitiu aos presentes sua trajetória que envolve paixão pela TI, momentos sem perspectivas de futuro e uma virada profissional.

Aos 7 anos de idade, Vicente descobriu sua paixão por sistemas e redes quando seu pai, um engenheiro entusiasta, passou a partilhar com ele o seu conhecimento enquanto estavam se divertindo na manutenção de um sistema BBS UNIX (BBS) para os amigos e comunidade local. 

3 anos mais tarde, em 1996, começou o primeiro provedor de serviços de internet na região, fazendo parte de uma equipe responsável por elevar a internet na cidade natal, localizada no lado norte do estado de São Paulo.

Hoje, Vicente de Luca se diz apaixonado seu trabalho, fazendo parte da engenharia de redes e operações para uma grande nuvem corporativa da plataforma Zendesk.

Camilla Gomes é o exemplo de que em TI também é lugar de mulher

E o mercado de TI além de oferecer oportunidades de sucesso e reconhecimento, também é um espaço que pode ser utilizado para ampliar as mobilizações sociais na busca por igualdade de direitos. É o caso de Camilla Gomes.

Mulher, negra, jovem, administradora de sistemas graduada em sistemas de informação pela Universidade Bandeirantes, Camilla possui experiência na área de tecnologia à 11 anos e DevOps na empresa 7COMm Informática desde 2012.

Camilla Gomes é o exemplo de que em TI também é lugar de mulher. Co-organizadora do Coletivo Hackerspace MariaLab, ela colabora e apoia projetos e coletivos de tecnologia com recorte de gênero.

É também militante feminista, defensora de direitos humanos, segurança e privacidade na internet e também entusiasta de software, hardware, tecnologia e cultura livre.

Na III Semana de Tecnologia da Informação da UFLA, Camilla ministrou a palestra: "Tornando-se um DevOps sem perder a cabeça."

A SETI foi organizada pelo Departamento de Ciência da Computação, Centros Acadêmicos (CA's) de Ciência da Computação e de Sistema de Informação, Programa de Educação Tutorial Institucional (PETI) Ciência da Computação e Sistema de Informação e a Empresa CompJr.

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