Mostra de fotos foi aberta ao público na última terça, 11; em destaque, o estoniano Rasmus Mägi, atleta do salto com barreiras 
Empenho, energia e espírito esportivo são retratados na exposição “UFJF 2016″, em cartaz desde esta terça-feira, 11, no saguão da Reitoria.

A mostra transcreve em imagens a permanência de nove delegações olímpicas e paralímpicas que treinaram na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) de julho a setembro deste ano. 

Até o próximo dia 5 de novembro, visitantes terão a oportunidade de reviver o período ou ter noção pela primeira vez dos treinos por meio das imagens. 

Dentre as mais de 1.800 fotos tiradas durante 36 dias de estadia das equipes, cerca de 50 estão expostas, registradas por seis fotógrafos e estudantes de Jornalismo e Artes e Design da Universidade. 

Há atletas no exato momento após a passagem do sarrafo no salto com vara, nos instantes de concentração e em outras situações de treino. 

Cada uma das paredes das duas entradas do saguão é tomada completamente por imagens. Em uma delas, atletas paralímpicos canadenses se preparam na corrida com cadeira de rodas. 

Segundo o expografista da Pró-reitoria de Cultura, Thiago Berzoini, a montagem permitiu não apenas a exibição de número maior de fotos, valorizando o trabalho dos fotógrafos, como também possibilitou fluxo de leitura diferente. 

“As fotos de tamanhos variados, as cores, a iluminação e as próprias artes (de fusão entre várias imagens) – toda essa variedade enriquece muito a unidade, faz com que a leitura da exposição não fique monótona, porque toda vez que o observador se acostuma, ela é quebrada.” 

Sensibilidade e anseio de avanços

Professor Márcio Guerra e reitor Marcus David abriram a exposição; reitor destacou empenho de setores em receber atletas 
O reitor Marcus David abriu a mostra e parabenizou os setores envolvidos na recepção das equipes na instituição e da comunicação desse período à sociedade. 

 “A exposição UFJF 2016 celebra esse momento, com muita competência, qualidade e sensibilidade”, ressaltou.

Ao encerrar sua fala, David citou o primeiro sentimento que teve ao ingressar no saguão. 

“Quando vemos uma universidade pública tendo tantas oportunidades de contribuir para o desenvolvimento e a melhoria da comunidade em que está inserida, como este trabalho, lamentamos ainda mais o forte golpe que sofremos com a decisão do governo de propor a PEC 241 (Proposta de Emenda Constitucional), que certamente implicará em restrições fortíssimas para todo o país, mas em especial para a educação e para a saúde, porque altera conquistas históricas dos limites constitucionais de gastos que tínhamos.”

Percepções
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Quatro dos expositores: Géssica Leine, Twin Alvarenga, Larissa Garcia e Guilherme Leite
Por ser de fácil compreensão, a mostra é acessível a todos os públicos, conforme o estudante do sexto período de Economia da UFJF Algber Tibúrcio, que visitou a exposição no primeiro dia. 

“Mesmo sendo leigo, consegue-se entender a visão dos fotógrafos. É interessante perceber que, ao mesmo tempo que existe uma grande variedade de olhares, existe uma junção entre eles, uma unidade. Isso representa o próprio esporte.”

Um dos pontos que une as imagens é o registro do instante exato de um salto com vara ou dos primeiros segundos da disparada em corrida. 

“O esporte em si é movimento. Poder retratar essa energia, o momento exato, foi uma oportunidade única. Tentei mostrar para todos como os atletas treinam, suas dificuldades e também apresentar o espaço da universidade. Gosto de retratar a pessoa no ambiente, porque os dois para mim estão entrelaçados. A pessoa é a história, mas o lugar é onde acontece o instante”, explicou a expositora Géssica Leine, bolsista de fotografia da Diretoria de Imagem Institucional da UFJF.

Um dos fotógrafos participantes, Twin Alvarenga disse estar emocionado com a mostra e que o registro dos treinos foi inesquecível em sua vida. 

“Nunca mais devo ter a oportunidade de conviver com atletas de nove delegações. Poucos brasileiros terão essa oportunidade e, na vida de um fotógrafo, esse é um momento para o qual você se prepara longamente, espera ansiosamente por ter uma oportunidade ímpar, única. Espero que tenhamos correspondido à chance que nos foi dada com as imagens que apresentamos aqui. Destaco também a garra e a dedicação dos atletas, principalmente dos paralímpicos. Quem os viu na pista tem noção do que é de fato ter garra.” 

A mostra reúne também os registros de Alexandre Dornelas, Estela Loth, Guilherme Leite e Larissa Garcia.

Compartilhamento e memória

Fotos reúnem diversidade de cores e ângulos sobre momentos de ansiedade, concentração e força no período pré-Jogos na UFJF 
Para o idealizador da exposição e diretor de Imagem Institucional da UFJF, Márcio Guerra, a mostra surgiu do interesse pessoal de exibir o que foi vivenciado na instituição. 

“Aos poucos, fui percebendo que a dimensão do projeto era muito grande, tanto em qualidade quanto em quantidade, e que esse material não podia ficar fechado para poucos. Ao mesmo tempo, a mostra seria uma forma de agradecer a sensibilidade e o olhar dos fotógrafos de um momento tão importante e histórico para a universidade. Isso merece ser compartilhado com as comunidades universitária e externa”, explica Márcio Guerra, acrescentando que a exposição também é uma oportunidade de valorizar a memória do esporte e da Universidade.

A UFJF recebeu 159 atletas e 144 integrantes de equipe técnica, totalizando 303 profissionais. Durante 34 dias de treinos e 36 de estadia – de 22 de julho a 16 de agosto e de 27 de agosto a 5 de setembro -, foram praticados três esportes: atletismo, levantamento de peso e vôlei. 

Ao todo, os atletas conquistaram 17 medalhas nos dois Jogos.

Serviço
“UFJF 2016”
Mostra fotográfica
Local: Saguão da Reitoria, campus da UFJF (Rua José Lourenço Kelmer, s/n, Bairro São Pedro)
Visitação: até 5 de novembro, de segunda a sexta, das 8h às 20h, e aos sábados, das 9h às 12h
Entrada franca

da assessoria UFJF