O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), e o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fabio Cherem (PSD), assinaram na última sexta-feira, 22, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, protocolo de intenções com a Souza Cruz, indústria do ramo de cigarros que tem unidade instalada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Pelo acordo de cooperação econômica, a companhia vai centralizar as operações dentro do Estado, o que possibilita o fortalecimento da economia local, além de gerar investimentos e empregos na região e aumentar a arrecadação de tributos, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Para o secretário de estado de Desenvolvimento Econômico Fábio Cherem, o acordo de cooperação ajudará a empresa no processo de consolidação das atividades e aumento da competitividade dentro do setor, fatores fundamentais no atual quadro econômico.
Uma das alternativas para fortalecimento das empresas instaladas em Minas Gerais é a flexibilização tributária em zona de interferência com outros estados, medida que analisa e propõe condições favoráveis para atuação de grupos como a Souza Cruz.
“O acordo ajudará na manutenção dos empregos e no fortalecimento e crescimento da empresa”, afirma.
O secretário acredita ainda que a criação de um ambiente mais favorável às empresas mineiras dará condições para que em um futuro ciclo econômico as mesmas consigam se recuperar e prosperar de forma mais rápida.
No Protocolo de Intenções - assinado entre o governo do Estado e a Souza Cruz - um dos pontos é a flexibilização sem prejuízos para os impostos recolhidos pela empresa.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fábio Cherem, a Souza Cruz precisa manter os 2 mil empregos em Minas, mas enfrenta a concorrência do contrabando que totaliza R$7 bilhões anuais em prejuízos para o Brasil.
Minas Gerais está atento e vai ampliar a fiscalização nos 88 acessos ao estado que faz divisa com São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal.
Dos 88 acessos diversos a Minas Gerais, em 60 deles haverá uma estrutura orçada em R$200 mil cada para facilitar a vigilância e coibir o contrabando de cigarros que chega a cerca de 50% de tudo o que é comercializado no país.
Em contrapartida, a Souza Cruz vai investir na sua unidade em Uberlândia para transformá-la na maior e mais moderna fábrica da América Latina.
ara Cherem, os investimentos se darão a partir da retomada do crescimento do país e é fundamental que a Souza Cruz possa inovar os seus processos.
A empresa
Líder no mercado brasileiro no segmento de tabacos, a Souza Cruz possui seis das dez marcas mais vendidas no país.
A produção anual é de cerca de 90 bilhões de cigarros e o grupo emprega cerca de dois mil funcionários.
Para atender à demanda da empresa, estão em operação 24 Centros de distribuição, próprios e terceirizados.
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