O trajeto tinha início no topo do morro que dá acesso à Faculdade de Engenharia e terminava no Instituo de Ciências Biológicas
Um simples e antigo brinquedo foi o responsável por reunir diversas gerações na manhã deste domingo, dia 17, na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). 

O 2º Grande Prêmio Escuderia UFJF de Rolimã contou com 44 equipes participantes, além de um público animado.

O trajeto da corrida tinha início no topo do morro que dá acesso à Faculdade de Engenharia e terminava no Instituo de Ciências Biológicas (ICB). 

Os participantes foram divididos em baterias de até quatro integrantes. Os vencedores das baterias se classificavam para a próxima fase, enquanto os derrotados tinham mais uma oportunidade na repescagem.

Muitas famílias levaram as crianças para brincarem com o carrinho de rolimã no estacionamento ao lado do Critt. O clima era de harmonia e descontração. Pais e avós se esforçavam para demonstrar a brincadeira que fez parte de suas infâncias.

Pedro Fachinetto fez seu próprio carrinho de rolimã e levou o neto, João Vitor, 4 anos, para conhecer a brincadeira de sua infância. 

“Caprichei no freio para garantir a segurança e trouxe meu neto para ver se ele toma gosto pela brincadeira”. 

Já Júlia, 5, foi além: pediu ao pai, o servidor público Anderson Lamarca, para construir um carrinho de rolimã rosa para ela. Com o pedido atendido, divertia-se com o brinquedo enquanto a competição acontecia. Ao ser perguntada sobre o talento do pai como piloto, foi sincera: “Mais ou menos”.

As crianças também tiveram espaço para brincar
O campeão
Depois de várias baterias durante toda a manhã, o estudante de Sistemas de Informação da UFJF, Carlos Condé, foi o campeão. 

Representante da equipe General Lee, participou do 1º GP de Rolimã que aconteceu em abril, e destacou a dificuldade da bateria final desta edição: “Foi muito acirrada. Foi bom demais ter vencido, tô muito empolgado”.

Já passava de meio-dia quando o campeão subiu ao pódio. 

Diante das brincadeiras dos amigos em relação ao seu carrinho, Condé explicou a origem inusitada do possante: “Peguei uma tábua, porque meu pai tinha acabado de fazer uma prateleira, e resolvi fazer um carrinho. Peguei até rolimã usada. Fiz diferente de todo mundo e esse foi o resultado”. 

As equipes JRS Racing e Nóis que Mói, completaram o pódio na segunda e terceira colocação, respectivamente.

Um dos organizadores do evento, o estudante Felipe Fachinetto disse estar satisfeito com a competição.

“A gente sentiu que tinha espaço para realizar a competição novamente, e hoje confirmamos aquilo que esperávamos. Foi um evento familiar, dessa vez veio mais crianças ainda.” 

A 2ª edição do evento contou com DJ e narrador para animar o público e divulgar o trabalho da Escuderia UFJF.

Escuderia UFJF
O 2º Grande Prêmio de Carrinho de Rolimã foi organizado pela Escuderia UFJF, projeto de extensão da Faculdade de Engenharia da UFJF, que hoje conta com cerca de 30 estudantes dos cursos de Engenharia Mecânica, Elétrica, Produção e Ciências Exatas.

Em novembro, a equipe participará pela primeira vez da Fórmula SAE, competição de desenvolvimento de produto, na qual estudantes de universidades brasileiras devem conceber, projetar, fabricar e competir com pequenos carros de corrida.

De acordo com o capitão da Escuderia UFJF, o estudante de Engenharia Mecânica Vágner Serafim, o projeto vai bem: “Estamos na fase final do projeto teórico do carro, já passando para a fase de construção. Estamos buscando parcerias para viabilizar essa construção”. 

A renda arrecada, por meio do patrocínio da competição, será utilizada para o projeto do carro. Já a renda das inscrições do evento será doada para o Instituto Vitória, que auxilia cerca de 150 famílias no tratamento de pessoas com deficiência.
da assessoria