quinta-feira, 23 de junho de 2016

EMPRESAS DO VALE DA ELETRÔNICA BUSCAM AMPLIAR EXPORTAÇÕES PARA OS ESTADOS UNIDOS

Empresas de Santa Rita do Sapucaí participam do Select USA. Somente em 2015, juntas, elas exportaram um total de R$15,5 milhões


O mercado norte-americano é um dos mais competitivos do mundo e é uma aposta importante para as empresas do segmento eletroeletrônico. 

Exportar para os Estados Unidos  pode abrir um leque de possibilidades favoráveis para companhias que apresentam tecnologias e serviços inovadores, já que o país apresenta um PIB de U$$ 17,5 trilhões e conta com mais de 320 milhões de consumidores, dos quais, grande parte demonstra uma enorme disposição ao consumo de todo tipo de produto.

Por isso, as companhias do Vale da Eletrônica em Santa Rita do Sapucaí querem ampliar as exportações para os EUA. 

Somente em 2015, juntas, elas exportaram um total de R$15,5 milhões, sendo a maioria dos produtos, equipamentos para rádio, TV e sensores. 

Para entender como funcionam os investimentos e o desenvolvimento de operações nos Estados Unidos, as empresas do considerado Vale do Silício Brasileiro, vão participar do dia 19 ao dia 21/06, em Washington, da Select USA. 

O encontro, promovido pelo departamento de comércio dos Estados Unidos, reúne diversos representantes do governo norte-americano, CEOs globais e lideranças seniores. 

De acordo com a presidente interina do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares do Vale da Eletrônica (SINDVEL), Flávia Magalhães do Couto, a expectativa da participação no evento é extremamente positiva. 

“Queremos incrementar os negócios para os EUA aumentando nossa exportação em 8%, em 2016. A participação na Select USA vai permitir avaliarmos os entraves e descobrir quais são os produtos mais competitivos no mercado norte-americano”, assegura.

Só até o mês de abril deste ano, as companhias do Vale da Eletrônica exportaram um total de R$3 milhões para os Estados Unidos, o que comprova o movimento favorável aos negócios no país. 

Com a alta do dólar as exportações foram diretamente favorecidas e os produtos brasileiros ficaram mais competitivos. 

A Select USA vai oportunizar ao empresário nacional, diversas possibilidades de negócios por meio de joint-ventures e pode fazer também com que ele se torne um agente, distribuidor ou representante do seu setor de atuação. 

“Para as empresas do Vale da Eletrônica o evento vai permitir entender quais são as ferramentas e recursos disponíveis para trabalhar no mercado americano e ajudar na elaboração de estratégias de investimentos. Além disso, será possível conhecer as últimas tendências de negócios no país americano com líderes renomados do governo e do setor privado”, afirma a presidente interina.

Desafios para a exportação: forças e entraves
Um dos benefícios apresentado nas cidades norte-americanas, diferente do Brasil, é que a contabilidade dos negócios realizados nos Estados Unidos considera somente o lucro real das empresas e os impostos que devem ser pagos são somente em relação ao lucro. 

Para Flávia, além desta vantagem, caso a empresa tenha prejuízo, ela não paga imposto da movimentação e passa a ter crédito pra debitar sobre o lucro dos negócios para frente até os próximos cinco anos.

A comercialização em um mercado tão rico e abrangente também apresenta algumas particularidades. Segundo a presidente interina da entidade, para negociar com os americanos a empresa e seus diretores terão que estar muito bem preparados, pois não existe espaço pra aprendizes e amadores, já que a tributação e as questões ligadas às leis apresentam diferenças em relação ao Brasil. 

“Os interessados em constituir um centro de distribuição ou manufatura de seus produtos nos Estados Unidos precisam estar atentos primeiramente na regularização dos vistos das pessoas que irão trabalhar, que são muito mais complexos dos que os tirados somente para passeio. Um dos entraves para a exportação, além do alto custo de operacionalização, é a dificuldade com a documentação que tem que estar de acordo com as leis americanas porque do contrário, corre-se o risco do pagamento de impostos ser duplicado, sendo dos negócios gerados nos EUA e dos negócios gerados no Brasil”, alerta. 

Outro fator importante a ser observado pelos empresários é a regulamentação dos produtos que serão comercializados junto a agência regulamentadora dos EUA. 

“Não pode-se comercializar produtos que não estejam dentro das regras normativas dos órgãos fiscalizadores do país”, adverte.
da assessoria - FIEMG

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