sexta-feira, 24 de junho de 2016

COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS COMEMORA 26 ANOS DE PARCERIA COM A UFLA

Parceria com universidade de Lavras completou 26 anos de pesquisas. População de Lavras e região foram beneficiadas com atividades de conscientização e preservação ambiental

Em comemoração à Semana do Meio Ambiente, a Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG), por meio do Programa Peixe Vivo, e a Universidade Federal de Lavras (UFLA) lançaram o livro “Pescadores do Saber”, fruto do projeto desenvolvido em parceria pelas instituições. 

O lançamento no último dia 7, durante a Semana do Meio Ambiente no campus da universidade.

O Projeto Pescadores do Saber abordou a problemática ambiental do planeta junto a escolas do ensino fundamental da rede pública do Sul de Minas, resgatando os valores sociais e o respeito pelo próximo e pelo meio ambiente. 

Iniciado em 2011, o projeto é uma parceria do Laboratório de Ecologia de Peixes da UFLA com o Programa Peixe Vivo. 

O objetivo é estimular a curiosidade e observação dos ambientes aquáticos continentais, através de práticas educativas junto às escolas públicas de Lavras e região.

O livro é resultado desse trabalho e serve como canal importante para divulgação da metodologia adotada pelo projeto e seus impactos sobre alunos e professores.  A versão eletrônica do livro também está disponível no site do Peixe Vivo: 

26 anos de parceria
Em 1990, teve início a parceria entre CEMIG e o Departamento de Biologia (DBI) da Universidade Federal de Lavras. 

Naquele ano, foi firmado o primeiro convênio entre UFLA e CEMIG, para atender às demandas ambientais no entorno de reservatórios das usinas hidrelétricas da concessionária.

Atuando em conjunto, empresa e universidade criaram o Centro de Excelência em Matas Ciliares (Cemac), localizado no campus da universidade. 

"Nestes 26 anos, foram publicadas diversas teses de mestrado e doutorado, além da divulgação dos trabalhos, derivados dessa parceria, em congressos, livros e revistas especializadas", afirma o superintendente Ênio Marcus Brandão, superintendente de Gestão Ambiental da empresa.

"A UFLA é uma instituição tradicional de ensino e pesquisa reconhecida internacionalmente, em particular no campo das ciências agrárias", comenta. 

"Por isso, a CEMIG busca o desenvolvimento de parcerias que permitam a geração de conhecimento por meio de equipes multidisciplinares de professores, auxiliados por técnicos da empresa, que são compartilhados com toda a sociedade", finaliza o superintendente.

Para o reitor da instituição, professor José Roberto Soares Scolforo, a parceria trouxe frutos não só para a universidade, mas também influenciou toda uma geração local na questão da preservação do meio ambiente.

"A universidade ao longo de sua história tem buscando não somente uma maior interação com as comunidades locais, mas também pensando que elas sejam beneficiadas e impactadas pelo nosso trabalho. Essa parceria com a CEMIG trouxe resultados magníficos e com certeza influenciou toda uma geração local", destacou. 

Pescadores do Saber
Iniciado em 2011, o Projeto Pescadores do Saber é uma parceria do Laboratório de Ecologia de Peixes da Universidade Federal de Lavras (UFLA) com o Programa Peixe Vivo, da CEMIG.

O objetivo do projeto foi estimular a curiosidade e observação dos ambientes aquáticos continentais, através de práticas educativas junto às escolas públicas de Lavras e região. 

O público alvo foram crianças do I Ciclo do Ensino Fundamental (1º ao 5º ano), com idade entre seis e 11 anos.

O trabalho era realizado durante todo o ano letivo, por meio de visitas quinzenais às turmas escolares.

O projeto teve como objetivos sensibilizar a comunidade a partir da conscientização de problemas ambientais locais, bem como fornecer subsídios para o conhecimento dos componentes e mecanismos que regem os sistemas naturais, estimulando a curiosidade e observação da natureza. 

Com aula de 50 minutos, foram abordados os seguintes conjuntos temáticos: água e bacia hidrográfica, energia elétrica, lixo e esgoto, biodiversidade aquática e relações com a natureza, tendo o peixe como foco central no aprendizado.

Ao final dos anos letivos, foi observado um ótimo retorno por parte dos alunos e suas famílias, que relataram já terem adquiridos novos hábitos ligados à preservação do meio ambiente. 

O Projeto Pescadores do Saber encerrou em 2013 e, como resultado, atendeu quatro escolas do município de Lavras e uma do município vizinho de Ribeirão Vermelho, alcançando um público escolar de 1.123 alunos.  

Em 2016, foi publicado o livro com a metodologia e resultados do projeto, que pode ser acessado aqui.

Ano
Escolas
Nº turmas
Nº alunos
2011
E. E. Cristiano de Souza
16
377
E. E. Firmino Costa
2012
E. E. Tiradentes
17
384
E. M. Manuel Pereira Ramalho*
2013
E. M. Itália Cautieiro Franco
15
362
TOTAL
5 escolas
48
1123
*Escolas, número de turmas e de alunos atendidos durante os três anos do Projeto Pescadores do Saber.


*E. E.= Escola Estadual; E. M.= Escola Municipal; * Escola localizada no município de Ribeirão Vermelho.

Programa Peixe Vivo
Lançado em junho de 2007, o Programa Peixe Vivo é uma iniciativa da Companhia Energética de Minas Gerais que prevê a expansão e criação de medidas mais efetivas para a conservação da ictiofauna nas bacias hidrográficas onde estejam instaladas usinas da empresa,


A iniciativa favorece as comunidades que utilizam os recursos hídricos como fator de desenvolvimento. Com a ajuda dos diversos segmentos da comunidade, que auxiliam no planejamento de alternativas preventivas incorporadas às diretrizes da Política Ambiental da CEMIG, o Peixe Vivo atua em três frentes: nos programas de conservação da ictiofauna e bacias hidrográficas, na produção de conhecimento científico para subsidiar esses programas e na promoção do envolvimento da comunidade nas atividades previstas.


Além disso, o programa Peixe Vivo envolve crianças na soltura dos peixes nos rios. A partir de 2007, ano de implantação do programa, foi observada redução de 87% na mortandade de peixes nas usinas da empresa.

Crianças envolvidas na soltura de peixes

A CEMIG realiza a soltura de alevinos, com o objetivo de preservar as espécies em ambientes aquáticos impactados por causas naturais ou pela ação do homem.


Na primeira safra após a criação do programa em 2007, 34,7 toneladas de alevinos foram soltas nas bacias hidrográficas mineiras, o maior número desde o início dos peixamentos, em 1976.


A maior parte dos peixes utilizada no repovoamento é produzida nas estações de piscicultura da Cemig em parceria com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento do Ensino Tecnológico (Fadetec) e com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Paranaíba (Codevasf).
Indicadores Peixe Vivo
2015
Programas de Conservação
de Peixes e
Gestão de Bacias
Investimento em projetos de pesquisa
e manejo da ictiofauna (R$)
R$ 6.237.460,96
Biomassa Afetada (kg) [1]
2.706
Pesquisa
Iniciação científica (alunos)
21
Mestrado (alunos)
19
Doutorado (alunos)
20
Pesquisadores (pós-doutorado,
apoio técnico e pesquisadores) [2]
53
Produção científica
95
Relacionamento com a Comunidade
Participantes de peixamentos
1.676
[1] Mede a quantidade de peixes mortos (em kg), em decorrência da manutenção e operação das usinas.

Atualmente, a Cemig possui 4 estações de piscicultura: Itutinga e Volta Grande em parceria com a Fundação de Desenvolvimento Científico e Cultural (Fundecc); Machado Mineiro, em parceria com a Fundação de Apoio e Desenvolvimento do Ensino Tecnológico (Fadetec); Leopoldina, em parceria com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e Três Marias e Gorotuba, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).

A Estação Ambiental de Itutinga (EAITU), cidade nas proximidades de Lavras, no Sul de Minas, foi inaugurada em julho de 1994, com uma área de 35,26 hectares.

Localiza-se às margens dos reservatórios das Hidrelétricas de Itutinga e de Camargos. Sua infraestrutura compreende 1 viveiro de mudas e a Estação de Piscicultura.

Estação de Piscicultura de Itutinga

A Estação de Piscicultura de Itutinga possui 16 tanques, que perfazem uma área total 6.200 m² de lâmina d’água, laboratório para reprodução de peixes e incubação de ovos e uma unidade de tanques-rede para estocagem de peixes.

Dos 16 tanques, oito são para estocagem e manutenção de matrizes (área de 2.600 m²); dois são destinados para quarentena (área de 900 m²) e seis para alevinagem (área de 2.700 m²).

Projeto inédito
A concessionária e a Universidade Federal de Lavras realizaram em 2011 um projeto inédito na América do Sul para estudar o comportamento de peixes das espécies mandi e curimba no rio São Francisco, abaixo da barragem de Três Marias, na região Central de Minas.


Os pesquisadores buscaram por meio da marcação de peixes, informações para conservar os espécimes, evitando a morte em usinas durante a parada e partida de máquinas.

O trabalho surgiu pela necessidade de compreender o comportamento dos peixes na área do canal de fuga da Usina de Três Marias, situado logo após a barragem, e a possível influência que a operação da usina tem sobre seu comportamento.

Nesse período, vários especialistas da CEMIG, da UFLA, da Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ) e dos Estados Unidos realizaram diversas atividades no Rio São Francisco, após a barragem de Três Marias.

Além dos centros de pesquisa e da empresa, o projeto teve o apoio da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMG) e do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Nenhum comentário: