quarta-feira, 11 de março de 2015

CONFECÇÕES DE JURUAIA DOAM CALCINHAS E SUTIÃS A PRESIDIÁRIAS DE BICAS


“Fazer o bem sem olhar a quem”. Esse é um provérbio bíblico antigo e, baseado nele, muitas pessoas fazem caridade sem questionamento. Uma virtude e um exemplo que deveria ser seguido por todos mas que nem sempre é apreendido em seu real sentido. Mas foi com essa premissa que a Associação Comercial de Juruaia (ACIJU) e a Câmara da Mulher Empreendedora de Juruaia, no Sul de Minas, resolveram abraçar a ideia de ajudar centenas de presidiárias.

Por meio das doações de calcinhas e sutiãs feitas por confecções de Juruaia, centenas de peças foram doadas a detentas do presídio Bicas II, localizada em São Joaquim de Bicas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com uma população carcerária de 1.670 custodiados, sendo 200 mulheres, cuja média de idade é de 25 anos. “Agradecemos grandemente as doações, pois serão de grande utilidade. Uma vez que muitas mulheres não recebem assistência material” diz Ana Alzira Viggiano, Diretora de Atendimento e Ressocialização do presídio.

“Essas mulheres são muito sofridas e o fato de estarem em um presídio as deixa ainda mais desestimuladas e muitas vezes com a autoestima baixa. Por isso, fizemos uma parceria com o Tio Flávio Social, uma entidade de Belo Horizonte, e participamos de um evento no presídio em comemoração ao Dia Internacional da Mulher”, explica Tânia Mara Resende, presidente da Aciju.

Parceira de jornada de Resende a um mundo desconhecido da maioria dos brasileiros, Dedel Gonçalves, empresária e presidente da Câmara da Mulher Empreendedora de Juruaia, diz que a viagem foi muito gratificante. “Foi muito bom participar do evento e ver uma realidade diferente da nossa. Aquelas mulheres merecem o nosso respeito e faremos o que puder para ajudar na ressocialização delas”. Além da doação de peças de Juruaia, as presidiárias foram contempladas com a apresentação de um Coral, composto de detentos do presídio de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

“O trabalho voltado para o processo de ressocialização são atendimentos psicossociais, atividades socioculturais, atividades laborais de limpeza e manutenção da unidade e artesanatos. Há a confecção de roupas com contrato de trabalho remunerado”, explica Viggiano. Na visita, Resende e Gonçalves conheceram a oficina de costura.

Novo Céu
As peregrinas do bem aproveitaram a viagem a São Joaquim de Bicas, também na RMBH, para darem um pulo a Contagem, também na região metropolitana, para conhecerem o Projeto Assistencial Novo Céu.  Essa entidade recolhe em regime de abrigo, crianças, adolescentes e adultos com paralisia cerebral, e em situação de vulnerabilidade social.

 Com capacidade para acolher até 80 pessoas, devido à complexidade e alto custo do acolhimento, abriga 60 pessoas. “Ficamos impressionadas com o trabalho dos voluntários que dão muito carinho aos assistidos. Dia 3 de março vai ficar em nossa memória, pois é sempre importante sair da nossa zona de conforto e perceber o quanto a sociedade à nossa volta precisa da caridade”, finaliza Resende.

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